France (Lea Seydoux) está em uma crise profunda, e como boa ricaça que é, irá resolvê-la com uma estadia numa clínica localizada nos Alpes Suíços. Enquanto deita em uma das espreguiçadeiras, admirando as montanhas geladas, uma mulher se aproxima, que começa a falar sobre as vantagens de se estar em um local tão exclusivo, “aqui é tão caro que os fãs não conseguem chegar para nos incomodar”, diz ela entre sorrisos, com France escutando, sem interesse de interagir de modo mais profundo. A mulher então repara nos outros habitantes da clínica, e se dá conta de que dois atores famosos estão ali, e passa a agir, bem, como um fã, animada, apontando para eles, a ironia da situação completamente perdida. France não é um filme sobre humanizar essas figuras elitizadas, mas sim de tirar um pouco o brilho do seu verniz, de apontar que elas, também, estão sujeitas às mesmas emoções e não ocupam um espaço diferente de todo o resto. Logo no início do filme, Bruno Dumont posiciona sua protagonista...