Crítica originalmente publicada no Senta Aí Em Guerra não demora a justificar seu título. O filme abre com o noticiário informando sobre funcionários de uma fábrica de carros francesa revoltados com o fechamento da mesma, contrariando acordo prévio entre os operários e a diretoria. As imagens são dinâmicas. Pessoas gritam, xingam e chutam portas. Mas o tipo de conflito que o longa está interessado é outro, um pouco mais sutil, sofisticado,e por isso, talvez até mais cruel. A produção, dirigida e roteirizada por Stephane Brizé , acompanha os esforços de Laurent ( Vincent Lindon ), um dos sindicalistas que lideram a greve em protesto ao fechamento da fábrica e a demissão de mais de mil trabalhadores, nas diversas reuniões e atos que buscam reverter a decisão da diretoria, que afeta também a região onde vivem, que é dependente dos empregos gerados pelo local. Apesar do foco claro em Laurent, personagem que bate de frente com as autoridades com mais frequência e o único q...